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Entenda as diferenças entre a suplementação dos atletas e aqueles produtos que encontra na farmácia

O surgimento do segmento de suplementação alimentar se deu por meio da constante busca da ciência por uma melhor qualidade de vida associada a frequente preocupação das pessoas com a estética.

Estes produtos conseguiram unir algumas características de alimentos, medicações e produtos cosméticos.

Inicialmente indicados para os praticantes de esportes e de atividades físicas contínuas, os suplementos caíram no gosto popular, uma pesquisa da Brasnutri (Associação Brasileira dos Fabricantes de Suplementos Nutricionais e Alimentos para Fins Especiais), o país movimentou em 2016 cerca de R$1,49 bilhões.

Mas poucas pessoas conhecem as diferenças que existem entre os suplementos que são amplamente vendidos em farmácias e lojas do setor, e a suplementação feita pelos atletas.

No Brasil, os mais consumidos e procurados são os compostos de vitaminas ou minerais que complementam uma alimentação mais balanceada e a pessoa não precisa necessariamente praticar atividade física regularmente.

Esses produtos são considerados suplementos, mas de forma nenhuma devem substituir os alimentos nem serem a base de dietas para perda de peso.

Além dos multivitamínicos e compostos de minerais, existem outros nutrientes que são vendidos em cápsulas, como fibras, aminoácidos, antioxidantes e ácidos graxos.

Já a suplementação para os atletas é composta por substâncias mais complexas que só podem ser prescritas por médicos ou nutricionistas.

Esta complementação feita por eles é chamada de ergogênica, pois afeta o desempenho físico e esportivo, dois fatores extremamente importantes dentro do cenário de competitividade do esporte.

Por mais que os resultados desse trabalho não sejam tão nítidos, qualquer vantagem sobre o adversário pode significar subir ao pódio ou não.

É o que salientou o professor da USP Bruno Gualano em entrevista ao portal da universidade:

“O treinamento é muito importante, a alimentação, a tática, a técnica, o lado psicológico. Mas no atleta de alto nível tudo isso é muito nivelado. O suplemento nutricional, embora tenha efeito bem pequeno, pode fazer a diferença no resultado final”

Preste muita atenção na hora de comprar qualquer tipo de suplemento

Atualmente com a praticidade que o comércio online oferece, muitos empreendedores do ramo de suplementação alimentar, alimentos funcionais e fitness, etc, têm apostado no e-commerce.

Segundo dados da Growth Suplements, o produto mais procurado é o Whey Protein, indicado para ganho de massa muscular, mas são buscados também os suplementos a base de ingredientes naturais.

O ambiente online também traz seus riscos, nele os clientes estão vulneráveis a propagandas enganosas, produtos falsificados e até proibidos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O consumidor pode ser seduzido por propagandas prometendo efeitos milagrosos e acabar com problemas de saúde, como insuficiência renal e doenças cardíacas.

É importante ressaltar que suplementos alimentares não são anabolizantes, afirmar o contrário também está errado.

Os suplementos são a base de substâncias naturais extraídas dos alimentos, e como já dito anteriormente, utilizados para complementar a alimentação.

Os anabolizantes são hormônios sintéticos que imitam a testosterona, o efeito pretendido com o uso desse produto é potencializar os efeitos da academia, como o aumento da massa muscular.

Porém a sua ingestão causa diversos efeitos colaterais, como hipertensão, impotência, aumento do colesterol, problemas nos tendões e ligamentos, entre outros.

Nunca é demais reforçar que todo cuidado é pouco, e ao invés de seguir conselhos de amigos ou indicações de ídolos fitness da internet, procurar um profissional de saúde pode garantir que os objetivos pretendidos com a complementação da alimentação sejam alcançados sem nenhum efeito colateral.

 

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