Obesidade infantil: aproveite as férias para introduzir uma alimentação saudável às crianças
“A obesidade infantil aumenta o risco de muitas outras doenças como diabetes, hipertensão arterial, dislipidemia e asma, por exemplo.
Ela também reduz a expectativa de vida já que aumenta o risco de morte por doença cardiovascular e câncer, além de ter um impacto forte na piora da qualidade de vida, especialmente na fase infantil e adolescente, gerando bullying e preconceito, para exemplificar”, alerta a Dra. Maria Edna de Melo, médica da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).
Por isso é importante estar de olho na alimentação das crianças, e que tal aproveitar as férias para introduzir novos alimentos?
Para a endocrinologista, entre os cuidados que os pais podem ter com os filhos para prevenir a obesidade precoce estão introduzir na rotina alimentos saudáveis, oferecendo refeições ricas em vegetais, frutas, verduras e legumes.
Biscoitos recheados, macarrão instantâneo, embutidos, salgadinhos, bebidas adoçadas são alimentos ricos em açúcar, gordura e sal, portanto não devem fazer parte da rotina e o consumo deles deve ser a exceção no dia a dia.
As crianças com sobrepeso devem ser submetidas a exames de rotina, incluindo aferição de pressão arterial a partir dos três anos de idade ou até antes.
“Uma vez que as crianças com excesso de peso têm maior risco de dislipidemia, o rastreio com dosagens de colesterol total, frações e triglicerídeos já pode ser realizada a partir dos dois anos de idade”, explica Dra. Maria Edna.
A dosagem de glicemia permite diagnóstico de diabetes tipo 2 e o de insulina ou vitamina D pode ser solicitada de acordo com avaliação individual de cada paciente.
Confira também: Dicas para montar uma lancheira saudável
Estatísticas
Consumo de guloseimas em São Paulo é maior que a média nacional
A adoção de hábitos alimentares saudáveis é essencial para combater a obesidade. Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PENSE 2015) detectou que o índice de consumo de guloseimas em São Paulo (47,7%) é maior que a média nacional (41,6%).
O hábito de consumir refrigerantes no Sudeste (30%) também é maior que no país inteiro (26,7%). O consumo de salgados ultraprocessados é relevante: o Sudeste (32,9%) fica perto da média nacional (31,3%).
Meninos e meninas de 13 a 17 anos de idade apresentam taxas de sobrepeso quase iguais: 23,7% para meninos e 23,8% para meninas – percentual que corresponde um total estimado de 3 milhões de escolares. Já o índice de obesidade entre os meninos da mesma idade é um pouco maior: 8,3% (contra 7,3% das meninas).
Quando não tratada, a obesidade está relacionada a doenças cardíacas, diabetes, doenças hepáticas e muitos tipos de câncer.
De acordo com o World Obesity, caso não haja medidas urgentes para tratar ou prevenir a obesidade, a conta médica global anual para o tratamento das consequências da obesidade pode chegar a US$ 1,2 trilhão por ano até 2025.
Os endocrinologistas da SBEM-SP estão à disposição para conceder entrevistas sobre a obesidade infantil.
Sobre a SBEM-SP
A SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo) pratica a defesa da Endocrinologia, em conjunto com outras entidades médicas, e oferece aos seus associados oportunidades de aprimoramento técnico e científico. Consciente de sua responsabilidade social, a SBEM-SP presta consultoria junto à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, no desenvolvimento de estratégias de atendimento e na padronização de procedimentos em Endocrinologia, e divulga ao público orientações básicas sobre as principais moléstias tratadas pelos endocrinologistas.
Serviço:
- http://www.sbemsp.org.br
- https://twitter.com/SBEMSP
- https://www.facebook.com/sbem.saopaulo/
- https://www.instagram.com/sbemsp/
- https://www.youtube.com/c/SBEMSP