Coletores são a nova alternativa das mulheres durante o período menstrual
Ainda é um tabu, mas a escolha do tipo de absorvente é algo que acompanha a mulher desde a primeira menstruação.
As discussões sobre os prós e os contras de cada método são debatidas a exaustão por especialistas e mulheres há décadas, e quem desponta como novo “queridinho” é o coletor menstrual.
Criado em 1930, eles só começou a ser assunto nas rodinhas femininas depois que representantes do movimento feminista enxergaram nele praticidade e empoderamento.
No Brasil, os preços variam R$ 85 e R$ 155 e podem ser encontrados nas farmácias ou em sites especializados.
Seguindo as campanhas de preocupação com o meio ambiente e combatendo a produção de mais resíduos, o coletor promete proteção íntima e preocupação com a causa ecológica.
Mas o que é um coletor menstrual? Será que qualquer mulher pode usar? Como ele funciona? O Dr. Diogo Rosa, um dos coordenadores do Centro de Cirurgia Ginecológica da Perinatal, explica um pouco sobre as diferenças e benefícios.
O coletor menstrual é um “copinho” de silicone com uma haste, que é colocado na vagina e onde o sangue da menstruação se deposita.
De acordo com o Dr. Diogo, ele é um corpo estranho que é introduzido na vagina e, por isso, é preciso alguns cuidados para ele não cause nenhum tipo de alteração.
“O ideal é que ele seja esvaziado em média a cada seis horas e no máximo após 12 horas, para evitar que bactérias e fungos possam se proliferar.
É preciso lavar o coletor corretamente a cada vez que é retirado e entre os ciclos menstruais”, contou o médico.
Como higienizar? É simples. Basta lavar com água fria e sabão neutro. A cada ciclo, o ideal é limpar com água fervente.
Uma das dúvidas das mulheres é sobre o formato e o tamanho, no mercado existem várias opções é preciso pesquisar sobre aquela que mais se adapta ao corpo e rotina de cada uma.
E se o sucesso que ele vem fazendo se deve ao fato de ser prático e reutilizável, é preciso de algumas dicas para colocá-lo.
“Para usar, a mulher deve dobrá-lo e introduzi-lo na vagina, de forma que não entre ar, porque é o vácuo que o deixa preso.
Feito isso, ela pode fazer um movimento rotativo para garantir que ele ficou ajustado. Mal colocado, o coletor pode provocar algumas dores, desconfortos e até mesmo vazar”, explicou o Dr. Rosa.
Mulheres de todas as idades podem utilizar o coletor, mas existem algumas ressalvas: mães que acabaram de parir seus bebês devem aguarda a liberação do seu médico voltar a utilizar o “copinho”.
Contudo, vale ressaltar que no período de amamentação existe uma atrofia vaginal que pode gerar um incômodo maior para introdução do coletor.
Pacientes que passaram por cirurgias na região pélvica, devem aguardar a cicatrização completa da região.
Um alerta importe que o Dr. Diogo Rosa faz é sobre boatos tanto positivos quanto negativos que são escutamos sobre estes coletores.
Ainda não existe nenhuma comprovação científica que o uso de coletor pode prevenir cólicas.
E que em hipótese nenhuma, pode prevenir doenças sexualmente transmissíveis, já que o copinho não impede o contato com a vagina.
Serviço
O Grupo Perinatal, formado pelas unidades Perinatal Laranjeiras e Perinatal Barra, foi fundado em 1985 e é responsável pela introdução do conceito de Perinatologia na assistência materno-infantil no Brasil, a instituição engloba o atendimento completo unindo a obstetrícia à neonatologia, tendo o maior centro de cirurgia cardíaca neonatal e pediátrica especializado do Rio de Janeiro.