Células-tronco na odontologia: Resultados melhores e mais rápidos
Muito utilizada na área de beleza e saúde, as células-tronco têm sido cada vez mais indicadas para tratamentos odontológicos, tanto que só na Clean Odontologia, clínicas odontológicas localizadas em Moema e no Tatuapé em São Paulo, calcula-se que foram feitas mais de mil aplicações em pacientes que têm tecido ósseo ou gengival insuficiente para determinados tipos de cirurgia, desde uma simples extração de siso até a reconstrução total de boca.
Células-tronco na Odontologia
Que as células-tronco são ótimas aliadas da saúde não é novidade, mesmo porque elas têm a capacidade de regenerar vários tipos de tecidos como ossos, nervos, sangue e músculo.
Entre as pesquisas mais recentes que as envolve está a polpa dentária, região rica em células-tronco adultas, que pode originar músculo, osso, gordura e até neurônios.
A introdução das células-tronco na Odontologia se deu no ano de 2000, depois da publicação de um artigo científico de um grupo de pesquisadores, que mostraram que, na polpa de um dente do siso, era possível achar células com as mesmas características de multidiferenciação das células-tronco da medula óssea, que na época já eram conhecidas.
Na sequência, eles descobriram que essas mesmas células poderiam se autorrenovar e assim conclui-se que os dentes poderiam ser uma fonte de células-tronco.
Com o passar dos anos descobriu-se que essas células também estavam presentes na polpa de dente de leite, ligamento periodontal (tecido que liga o dente ao osso) e papila apical (tecido que fica embaixo da raiz, presente só quando o dente está se formando).
“O uso de células-tronco é indicado para as pessoas que tem tecido ósseo ou gengival insuficiente para determinados tipos de cirurgia, desde uma simples extração de siso até a reconstrução total de boca. Isto porque podemos utilizá-la tanto para a formação óssea, como para a formação da gengiva”, explica o cirurgião-dentista Daniel Sene, da Clean Odontologia.
Extraindo as células-tronco
O procedimento em si é simples: a enfermeira coleta o sangue do paciente e encaminha o material para uma centrífuga onde é processado por dez minutos.
Enquanto isso, o paciente recebe anestesia local e esse material coletado e centrifugado, chamado de PRF (plasma rico em fibrina), é misturado com uma matriz óssea (enxerto ósseo) e levado ao defeito ósseo do paciente.
A vantagem é uma cirurgia bem mais rápida, sem dor e uma formação óssea muito mais rápida no pós-operatório, pois não precisamos retirar osso de nenhum outro lugar do corpo.
Entre as principais vantagens, Dr. Daniel ressalta o fato da técnica proporcionar maior rapidez na formação óssea (metade do tempo de um enxerto ósseo), menos hematoma pós-cirúrgico e recuperação bem mais rápida se comparada ao método convencional, em que é necessário colher osso em algum lugar do corpo do próprio paciente, causando um trauma muito maior e um qualidade inferior de osso.
O número de sessões depende de cada caso e não há contraindicação já que esse material tem origem no próprio sangue do paciente.