Monastérios tibetanos: Um roteiro para a paz interior
Um período fora da rotina pode significar um espaço de tempo excelente para o autoconhecimento e o descanso. Quando se fala em bem-estar o ato de viajar é sempre lembrado. Uma viagem é sinônimo de folga, relaxamento e, de acordo com o roteiro, é possível até alimentar a alma.
O Tibete guarda as tradições dos monges tibetanos, homens dedicados às suas crenças que percorrem distâncias a fim de firmar a sabedoria. Em várias partes do Tibete há monastérios, em locais longínquos, construídos no isolamento das montanhas, em um cenário de paz e próximo à natureza.
É possível visitar esses pontos e, além de usufruir da cultura local, conhecer mais de perto as tradições milenares dos dalai-lamas ao longo dos anos.
Desde 1950 o Tibete passou a ser uma província da República Popular da China. Há pontos modernos, resultados da invasão chinesa, mas mesmo assim, é possível ver e admirar a cultura do povo local.
O Palácio Potala em Lhasa
Lhasa é a capital do Tibete e é lá que está o Palácio Potala. Local obrigatória de visitação, Potala foi o endereço principal de moradia dos Dalai Lamas, desde que o 5º Dalai o escolheu como residência.
O palácio foi construído no século VII. Para os seguidores do budismo uma visita a esse local é uma forma de fortalecer a alma, observar o ambiente de meditação e oração dos monges e viver uma experiência que permite uma troca rica para cada indivíduo.
Como o Tibete é conhecido como o “teto do mundo”, por ser localizado na região mais alta do planeta, o Palácio Potala, por exemplo, fica a 3.700 m acima do nível do mar. Por isso a visão sobre a cidade é bela, nenhum viajante sai de lá sem uma forte lembrança na alma.
Ganden Monastery
Considerado local sagrado e de peregrinação, o monastério fica isolado entre montanhas do Tibete. Foi construído em 1409 sob a supervisão de Zongkapa.
São várias construções espalhadas em uma área de 150 mil m². Fica no topo da montanha Wangbur, a 60 km de Lhasa. Acredita-se que no Ganden vive Maitreya, considerado o próximo buda, que renovará o ciclo de Siddhartha Gautama.
É constituído de vários blocos, cada um com funções, de aprendizado budista, ensino e meditação, é chamado de “a grande árvore” da universidade dos monastérios.
É possível caminhar ao redor das construções e algumas partes são abertas à visitação. Se o turista tiver sorte pode presenciar alguma cerimônia budista, com seus cantos e orações em voz alta.
O melhor de uma viagem é a troca de experiência, algo de cada local trazemos dentro de nós e deixamos algo de nós em cada lugar por onde passamos.
Artigo e imagens de Roberta Clarissa Leite