5 filmes da Netflix que abordam doenças neurológicas
O cérebro humano tem muitos mistérios.
Parkinson, Alzheimer, Autismo e Esclerose Lateral Amiotrófica são doenças que afetam principalmente o sistema nervoso, mas apresentam sintomas e características completamente diferentes.
Enfrentar essas doenças muda a rotina de vida não só do paciente, mas também dos familiares.
A fisioterapeuta e sócia do Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE), Mariana Carvalho Krueger, indica 5 filmes disponíveis na Netflix que narram histórias emocionantes sobre a importância do apoio de familiares e amigos para enfrentar situações que essas patologias acarretam.
Para Sempre Alice
Interpretada por Julianne Moore, Dra. Alice Howland é uma renomada professora de linguística. Aos poucos, ela começa a esquecer algumas palavras e se perder pelas ruas de Manhattan.
Inteligente e com uma carreira brilhante, Alice é diagnosticada com Alzheimer precoce.
A doença coloca em prova a força de sua família. Enquanto a relação de Alice com o marido John (Alec Baldwinse) é fragilizada, mãe e filha caçula, Lydia (Kristen Stewart), se aproximam.
O filme retrata a dificuldade de aceitação do diagnóstico, tanto para a paciente quanto para a família.
Julianne Moore ganhou mais de 30 prêmios por sua atuação em Para Sempre Alice – incluindo Óscar, Globo de Ouro, Spirit Award, BAFTA, SAG e o Hollywood Awards.
A Teoria de Tudo
(Esclerose Lateral Amiotrófica)
Baseado na biografia de Stephen Hawking, o filme mostra como o jovem astrofísico (Eddie Redmayne) fez descobertas importantes sobre o tempo, além de retratar o seu romance com a aluna de Cambridge, Jane Wide (Felicity Jones) e a descoberta de uma doença motora degenerativa ( esclerose lateral amiotrófica ) quando tinha apenas 21 anos.
O longa narra a vida do cientista que é responsável pela teoria sobre buracos negros e da doença que o confinou a uma cadeira de rodas.
Eddie Redmayne interpreta o cientista que não permitiu que a doença degenerativa o impedisse de ter filhos e ser uma das maiores mentes da atualidade.
No filme, a família de Stephen encara a doença como uma grande barreira para o cientista, mas ele prova que é possível ser feliz e ter uma vida de sucesso.
Farol das Orcas
(Autismo /Transtorno de Espectro Autista)
O Farol das Orcas narra a história de uma mãe que busca tratamento para o filho autista.
No filme, Beto (Joaquín Furriel), um homem solitário que trabalha em um parque nacional argentino, amante da natureza e dos animais e que passa seus dias observando orcas, leões marinhos e focas, tem a vida completamente alterada com a chegada da espanhola Lola (Maribel Verdú) e seu filho de 11 anos, Tristan (Joaquín Rapalini).
Desesperada, Lola pede ajuda a Beto para tratar o Transtorno de Espectro Autista de Tristan. Relutantemente ele aceita. O filme é uma produção independente teve seus direitos de transmissão adquiridos pela Netflix.
Amor e outras drogas
(Parkinson)
Jamie Randall (Jake Gyllenhaal) é um vendedor de um grande laboratório da indústria farmacêutica americana.
Como representante comercial, sua função é abordar médicos e convencê-los a prescrever os produtos da empresa para os pacientes.
Em uma dessas visitas, ele conhece Maggie Murdock (Anne Hathaway), uma jovem de 26 anos que sofre de mal de Parkinson.
Inicialmente, Jamie fica atraído pela beleza física e por ter sido dispensado por ela, mas aos poucos descobre que existe algo mais forte.
Maggie, por sua vez, também sente o mesmo, mas não quer levar o caso adiante por causa de sua doença.
Forrest Gump
(Autismo /Transtorno de Espectro Autista)
Clássico do cinema, Tom Hanks interpreta Forrest Gump, um contador de história que apresenta características de autismo.
Graças ao apoio da mãe, Forrest nunca se sentiu desfavorecido e leva uma vida normal.
Gump alcança sucesso em tudo o que se propõe a fazer, seja no campo de futebol como um astro do esporte, lutando no Vietnã ou como capitão de um barco de camarão.
Forrest inspira a todos com seu otimismo infantil.
SERVIÇO
CERNE – Centro de Excelência em Recuperação Neurológica
Avenida Presidente Getúlio Vargas, 4390 – Vila Izabel
Telefone: 41 3092-6366
O Centro de Excelência em Recuperação Neurológica conta com uma equipe multiprofissional, composta por fisioterapeutas, fonoaudióloga, musicoterapeuta, psicóloga, terapeuta ocupacional, psicopedagoga, educador físico e enfermeiro.
A clínica localizada em Curitiba tem a proposta de oferecer um outro olhar da recuperação da saúde, mais humanizado e personalizado de acordo com as necessidades e demandas do paciente, a fim de facilitar a sua inserção na sociedade.
Além de garantir qualidade no tratamento, por meio de um processo padronizado onde o paciente encontra todas as terapias no mesmo local e de forma integrada, o Centro conta ainda com a experiência de suas sócias, a terapeuta ocupacional Syomara Cristina Smidiziuk e a fisioterapeuta Mariana Krueger, uma das primeiras profissionais capacitadas para a aplicação da técnica de Neuromodulação Transcraniana na Região Sul. A sociedade é complementada por Canrobert Krueger, engenheiro de computação e administração.
Autismo não é doença. É uma deficiência, uma condição de neurodesenvolvimento que traz não só dificuldades e limitações, como também características inofensivas ou mesmo positivas. Autismo não corresponde ao conceito de uma doença, e chamá-lo assim é ofensivo aos autistas.
Olá Robson, obrigado por seu comentário.
Entendemos que utilizar a palavra doença ao se referir ao autismo, ainda que seja ofensivo e não seja o termo politicamente correto, tecnicamente o é, já que o sistema de saúde brasileiro utiliza como base para categorizá-lo a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, mais conhecida pela sigla CID, que está em sua 10ª edição (CID-10).
Em relação ao TEA, o capítulo V (F80 a 89) da CID-10 trata dos transtornos mentais e comportamentais, sendo categorizados da seguinte forma:
o autismo infantil (F84-0);
o autismo atípico (F84-1);
a síndrome de Rett* (F84-2);
a síndrome de Asperger (F84-5);
o transtorno desintegrativo da infância (F84-3); e
o transtorno geral do desenvolvimento não especificado (F84-9)
A intenção de forma alguma é ofender, mas informar e abrir mais conversas sobre o tema.
Mais recentemente (2019), com a CID 11, os diagnósticos de autismo passam a fazer parte dos Transtornos do Espectro do Autismo (6A02), que podem ser identificados da seguinte forma:
6A02.0 – Transtorno do espectro do autismo sem deficiência intelectual e com comprometimento leve ou ausente na linguagem funcional
6A02.1 – Transtorno do espectro do autismo com deficiência intelectual e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional
6A02.2 – Transtorno do espectro do autismo sem deficiência intelectual e com linguagem funcional prejudicada
6A02.3 – Transtornos do espectro do autismo com deficiência intelectual e com linguagem funcional prejudicada
6A02.4 – Transtorno do espectro do autismo sem deficiência intelectual e com ausência de linguagem funcional
6A02.5 – Transtorno do espectro do autismo com deficiência intelectual e com ausência de linguagem funcional
6A02.Y – Outro transtorno do espectro do autismo especificado
6A02.Z – Transtornos do espectro do autismo não especificado
A CID-11 é a décima primeira revisão da Classificação Internacional de Doenças, que teve sua atualização feita em 25 de maio de 2019. Esse é um documento organizado pela Organização Mundial da Saúde e o número 11 se refere à sua última revisão publicada, que substituiu a CID-10 como padrão global.