Emoções a flor da pele…

Vitiligo, acne, psoríase, dermatite atópica, dermatite seborreica, entre outras são algumas doenças que podem ter como causa os problemas emocionais. Isso mesmo!

Emoções a flor da pele

Estresse, ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), depressão, estresse pós-traumático podem apresentar como sintomas e consequências doenças na pele, um dos órgãos mais vulneráveis às emoções.

Esse fenômeno recebe o nome de psicodermatose, que, segundo a médica e psicanalista, Soraya Hissa de Carvalho, se deve ao fato de a pele e o sistema nervoso estarem intimamente ligados, podendo os estados emocionais influenciarem a saúde da pele.

“A pele e o sistema nervoso partilham a mesma origem, ambos derivam do ectoderma, a camada mais externa das células embrionárias. Por isso, se o indivíduo tiver predisposição genética, qualquer momento de estresse pode desencadear reações como acne, vitiligo ou psoríase”, explica a psicanalista.

As doenças

Cada pessoa responde aos momentos de tensão das mais diferentes formas.

“Dois exemplos clássicos de psicodermatose são o da estudante que tem acne bem às vésperas do vestibular e do funcionário que sofre com herpes labial quando perde o emprego”, diz Soraya Hissa.

Outras doenças que podem afetar a pele são:

  • Psoríase – doença inflamatória da pele que afeta 2% da população mundial. As escamações geralmente são esbranquiçadas e localizadas mais frequentemente nos cotovelos, joelhos, couro cabeludo e tronco. As lesões de psoríase não têm sintomas, mas, pode haver discreta coceira no local. Quando as placas regridem, costumam deixar uma área de pele mais clara no local afetado.
  • Dermatite Seborréica – também conhecida pelos nomes de seborréia ou caspa, é uma infecção crônica que se manifesta em partes do corpo onde existe maior produção de óleo ou a presença de um fungo. As manifestações mais frequentes ocorrem no couro cabeludo e são caracterizadas por intensa produção de oleosidade (seborréia), descamação (caspa) e prurido (coceira).
  • Vitiligo – é uma descoloração da pele em certas áreas, de causa desconhecida e, embora não provoque danos à saúde, é um problema com pouquíssimas alternativas de tratamento. É frequente em 1% da população.
  • Dermatite Atópica – é um transtorno crônico e recorrente da pele que se caracteriza por lesões com vermelhidão, prurido intenso e, freqüentemente, ressecamento em diferentes partes do corpo, que se apresenta em episódios agudos, por tempos e intensidade variáveis e, geralmente, também com períodos sadios de duração variável.

Tratamento

Para Soraya Hissa, cabe ao dermatologista descobrir o que há por trás daquele problema, até então, de pele.

O ideal é que o tratamento seja multidisciplinar, incluindo dermatologista e psicanalista ou psicólogo, trabalhando juntos para solucionar o problema da mente e da pele.

“O impacto do estresse na vida de uma pessoa é individual. Tudo depende da maneira como ela vai administrar a situação. A grande maioria nem desconfia que aquele problema de pele seja causado por falta de dinheiro ou aborrecimento no trabalho. Nestes casos, cremes e pomadas só surtirão efeito se integrados a outros tratamentos, como terapias em grupo ou remédios para depressão”, finaliza Soraya.

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