Como os medicamentos manipulados auxiliam os idosos

Na terceira idade, organismo sofre alterações que afetam a percepção e a duração da dor, exigindo cuidado especial

Foto Freepik

Ao envelhecer, o mecanismo cerebral que inibe a dor nos seres humanos provoca dois efeitos específicos da idade: ao se chocar, queimar-se ou cair, a percepção leva mais tempo para chegar ao cérebro do idoso, que corre o risco de se expor ao perigo por mais tempo.

Outro ponto é que, nessa faixa etária, o cérebro não consegue impedir o impulso de dor de forma eficiente, e ela é sentida de modo mais intenso.

Nesses casos, a atuação da farmácia de manipulação é essencial, como aponta o farmacêutico da Anfarmag – Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais, Ademir Valério Silva.

“Esse indivíduo é polipatológico e toma várias medicações. A associação numa única formulação contendo tudo que é necessário para esse paciente evita que ele se esqueça de tomar um ou outro medicamento e o médico tem a garantia de que o paciente está seguindo a prescrição. Outra vantagem é a adequação de dose, considerando peso, gênero e necessidades específicas”, explica.

O farmacêutico ressalta que, quanto melhor for a adesão do paciente ao tratamento, maior a chance de proporcionar uma condição de bem-estar.

Entre as substâncias que podem ser indicadas, dependendo da situação de cada paciente, estão analgésicos, anti-inflamatórios, antigotosos, antinevrálgicos, sulfato de glicosamina, colágeno, entre outros com potencial de aliviar a dor, melhorar a imunidade e a ajudar na recuperação do sistema musculoesquelético.

Vitaminas do complexo B

A vitamina B12 é outra importante aliada na manutenção do sistema nervoso, de acordo com o Departamento de Fisiologia, Anatomia e Genética da Universidade de Oxford, que realizou recentemente um estudo cujos resultados apontaram que os idosos que fizeram uso de suplementação de vitaminas B6 (piridoxina), B12 (cianocobalamina) e ácido fólico apresentaram um encolhimento cerebral menor ao longo do período do estudo, que durou dois anos.

Segundo a pesquisa, a suplementação contribui para a regeneração muscular e mantém as reservas de energia, já que interfere no processo de síntese de creatina, proteína fundamental para que o nível de massa muscular se mantenha adequado.

A vitamina B12 auxilia na proteção dos nervos e na produção de neurotransmissores.

Na terceira idade, quando a absorção das paredes do estômago pode estar reduzida, muitas vezes é indicada a suplementação, já que as vitaminas do complexo B atuam nos músculos, facilitando todo o movimento do idoso.

“Na farmácia de manipulação, esses suplementos podem ser preparados nas doses exatas que o idoso necessita”, afirma Silva.

“O importante é que toda terapia na terceira idade seja acompanhada por profissionais de saúde para garantir o aporte e a absorção de nutrientes na quantidade adequada, evitar interações medicamentosas, monitorar eventuais efeitos colaterais e, acima de tudo, zelar pelo bem estar integral do indivíduo”, completa.

Sobre a ANFARMAG – Entidade sem fins lucrativos, a Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (ANFARMAG) é a organização que zela pelo setor magistral, voltado à preparação de medicamentos e produtos para a saúde de maneira personalizada, atendendo às necessidades especificas de cada paciente. Conta com 14 regionais distribuídas pelo Brasil e contempla cerca de 5000 associados. Por meio de um associativismo de resultados, a Anfarmag é um parceiro essencial no dia a dia das empresas e dos profissionais que atuam no setor, criando facilidades, benefícios exclusivos e favorecendo a expansão do mercado. A atuação da entidade prima pela sustentabilidade técnica, econômica, política e social da atividade. Sua prioridade é reforçar a relevância dos tratamentos individualizados como estratégia de saúde, por meio da divulgação do produto manipulado e da terapia individualizada.

Sobre Ademir Valério Silva – Vice-presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag) – O farmacêutico é especialista em manipulação magistral alopática e em homeopatia, pós-graduado em administração de empresas pela FAAP e proprietário de farmácia com ampla experiência no setor magistral. O profissional foi Conselheiro Federal Suplente no CFF 2008/2011, Presidente da APFH – Associação Paulista de Farmacêuticos Homeopatas – Gestão 2003/2005, Presidente da Anfarmag – Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais – Gestão 2011 – 2013 e 2013 – 2015 – e presidente do Conselho de Administração da Anfarmag – Gestão 2016 – 2017.

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