Crise Econômica e Resiliência

Há uma onda de pessimismo em nosso país, infelizmente é a realidade que hoje vivemos, mas será que todas as pessoas se veem imersas nessa onda negativa? O que podemos aprender com esse tempo de mudanças?

“Antigamente, as pessoas diziam que todos os patos voavam. Todos os anos, antes da chegada do inverno, tinham que voar oito mil milhas em busca de temperaturas mais amenas, fugindo do frio. Certa vez, um homem, com pena dos patos pelo esforço que faziam indo e vindo todos os anos, resolveu aquecer os lagos.

Fez isso e os patos não tiveram que partir naquele ano. Outros patos vieram, e ali se tornou um lugar com temperaturas agradáveis, e o voo de oito mil milhas tornou se desnecessário. No ano seguinte, fizeram a mesma coisa, e os patos não precisaram mais de voar. Com o tempo, suas penas ficaram atrofiadas, assim como suas patas e pernas. Perderam a capacidade de voar…” 

(ROCHA, 2010)

resiliencia

Os impactos sobre o mundo do trabalho já começaram, não há dúvida. Podemos observar a tendência de reestruturação dos planos de gerenciamento, de pequenas às grandes empresas e seus efeitos na vida dos trabalhadores.

Então, ao falar sobre esse momento de uma forma diferente, tentando sair dessa onda negativa, a palavra chave e porque não dizer o ponto de ação é REESTRUTURAR. E o que isso tem a ver com resiliência? E o que são pessoas resilientes?

Pessoas resilientes são aquelas que possuem habilidade para superar as adversidades, as dificuldades, os problemas que encontram em suas vidas. Tais pessoas conseguem pensar e agir de forma diferente daquelas que não veem solução alguma e permanecem petrificadas, sem ação, sem movimento, ou seja, sem atuação.

Aquelas pessoas que ainda não descobriram a capacidade que possuem dentro de si para agirem diferente frente aos problemas que aparecem em suas vidas, geralmente mergulham nessa onda pessimista que vemos em muitos lugares que frequentamos.

É fácil notar essas pessoas. Comumente elas vivem mal humoradas, ranzinzas, reclamando, fazendo críticas, colocando defeitos em tudo e em todos e infelizmente espalhando essa onda pessimista que agora pouco citei. Essas pessoas pouco sabem ser/descobrirem resilientes, talvez seja pelo fato de “não terem tempo” por estarem ocupadas investindo na disseminação da onda.

Podemos entender que os obstáculos colocam as pessoas frente a novas situações provocando as a transformar para encontrar maneiras de vivencia los de forma positiva. E isso é muito positivo, pois elas podem diante dessas situações desfavoráveis aplicarem seus talentos a novos desafios.

O pequeno conto dos patos que citei no início do texto, demonstra de forma clara que muita das vezes aquilo que nos parece confortável pode estar impedindo nosso crescimento, pois não nos desafia mais, não provoca. E com o tempo começamos a ver as coisas destorcidas, o medo de mudar ganha espaço e assim, tendemos a permanecer estáticos.

Mudar pode parecer arriscado no início, pois troca-se o conforto das experiências conhecidas pela incerteza, assim como esse momento econômico que vivenciamos. Em compensação, podemos dizer que o maior risco, contudo, é permanecer ao lado negativo, pois não haverá mudança, muito menos descobertas.

Lingia Menezes de Araújo
Psicóloga Clínica
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OBS.: Todo o conteúdo desta e de outras publicações tem função informativa e não terapêutica.

Referência Bibliográfica

ROCHA, Costa. Projeto de carreira, plano de vida, passos para um gerenciamento de vida profissional e pessoal. In: LEVENFUS, S.R.; SOARES, H.P. D; et al. Orientação Vocacional Ocupacional. Porto Alegre: Artmed, 2010.

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2 Comentários

  1. Olá! Esse texto define tanto a minha vida no momento. Sinto a onda de pessimismo e mais, faço parte dela. Meu copo está sempre meio vazio. :(

    “[…] muita das vezes aquilo que nos parece confortável pode estar impedindo nosso crescimento […]”
    Tenho descoberto isso na marra. Antes tarde do que nunca, certo?

    1. psicologalingiaaraujo@gmail.com' Lingia Araújo disse:

      Olá Andrea.
      Sempre é tempo de avaliar nosso comportamento e nossos desejos.
      Gratidão.

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