A importância do autoconhecimento na escolha profissional
Previsibilidade hoje em dia é cada vez menos uma realidade no mundo do trabalho. O atual cenário de transição que vivemos percebe-se cada vez mais uma exigência de adaptabilidade, multifuncionalidade, conhecimentos, disposição, enfim, um cenário que demonstra uma luta diária pela sobrevivência.
No centro das atenções desse cenário, encontra–se a educação, peça primordial para a solução da formação desses “novos” profissionais, para o desenvolvimento econômico e para a inserção no mercado de trabalho. E justamente nesse processo de formação educacional que se encontra o adolescente, envolto as suas dúvidas, projetos, anseios e medos. Ele se encontra ali, frente a inúmeras portas representando suas diversas opções que permeiam aquela famosa frase que diziam ainda enquanto crianças: “Quando eu crescer vou querer ser…”. E então? Qual porta abrir?
Agora, um pouco mais crescidos, percebem que chegou a tão esperada hora, de afirmar seus desejos, ou então verem que aquilo que queriam enquanto crianças não mais faz parte de seu projeto, agora já não sabem o que querem ser, o que fazer. Estão diante da dúvida, da incerteza, da angústia.
A escolha profissional de um adolescente, muitas vezes marcada pelo término do ensino médio é permeada por todos esses sentimentos e muitas vezes trazem consigo o medo, principalmente relacionado de ser infeliz na escolha da profissão.
O sentimento de dúvida é inerente ao ser humano, este sentimento sempre estará presente na vida de todos nós. Algumas vezes esse processo de escolha proporcionará sentimentos não muito agradáveis, como angústia, ansiedade, indisposição, mas pode apresentar–se também de forma positiva, como uma abertura ao novo, a ampliação de alternativas, as possibilidades e ao conhecimento. O que reduzirá os aspectos negativos para cada pessoa que se encontre nessa posição de escolha será a forma como lidará com a questão.
A dúvida por muitas vezes é encarada como algo negativo, talvez seja pelo fato de trazer consigo a angústia, no entanto, a capacidade de se ter dúvida é também uma possibilidade de elaborar o pensamento, o que reflete uma maturidade, o que pressupõe uma capacidade de suportar a ambivalência que se encontra.
Mas então, como descobrir o que se quer ser, o que se gosta e o que o faz sentir seguro diante de uma escolha tão importante quanto à escolha da profissão?
A orientação Profissional tem esse objetivo, de auxiliar esse jovem, possibilitando ao mesmo a ampliação de sua visão sobre si mesmo e também sobre o meio que se insere, o mercado de trabalho, as profissões e principalmente identificar o que gosta do que não gosta, reconhecer suas principais habilidades, suas perspectivas quanto ao futuro, pois para saber o que fazer, antes é necessário se conhecer.
“O homem é, antes de mais nada, um projeto; um projeto que se vive subjetivamente”.
(“…) O homem não é outra coisa senão aquilo se faz.”.
Jean Paul Sartre
Lingia Menezes de Araújo
Psicóloga Clínica
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