A Lição de Unidade do papagaio Alex
“ Não somos superiores aos outros seres inseridos na natureza. Já não é mais possível pensar no homem afastado do resto da natureza. Alex (o papagaio cinzento) nos ensinou que somos parte da natureza, e não seres apartados dela.
O reducionismo obteve muitas vitórias no entendimento da natureza das partes e em como algumas dessas partes se encaixam. Isso nos possibilitou, por exemplo, a invenção de computadores, a descoberta de poderosos remédios e de muitas outras coisas extraordinárias.
Contudo, vários cientistas admitem que de alguma maneira o reducionismo fracassou no seu objetivo final (ou principal): compreender o funcionamento do mundo!
O fracasso ocorreu porque a concepção reducionista não reconheceu as conexões, as ligaduras, a unidade que é o fundamento profundo da natureza em todos os seus reinos.
Há uma unidade na natureza no sentido da interdependência. Minha filosofia de vida se baseia na apreciação da natureza holística do mundo e o amor pela natureza para o qual Alex me guiou.
Por isso mesmo, a minha “religião” aproxima-se muito mais da tradição dos nativos norte-americanos de ser e pertencer à natureza, da igualdade e responsabilidade pela natureza.
Alex me deu um grande presente: a unidade da natureza e nossa parte nela!”
Livro
“Alex e Eu”, livro da cientista Irene Pepperberg, num relato emocionante descreve o relacionamento de 31 anos que ela manteve com Alex, um papagaio que sabia mais de cem palavras e que provou ser capaz de somar e entender conceitos como maior, menor, mais, menos e nenhum.
Irene descobriu, por meio de intensa pesquisa, que vivia com uma criatura “consciente”. Durante o tempo em que Alex esteve ao seu lado, construiu uma amizade e um trabalho que ganharam os jornais, tornando a dupla muito conhecida nos EUA e contribuindo para o entendimento das capacidades dessas aves.
