Por uma vida mais simples
Se você já assistiu ao filme “O Náufrago” você já pode ter tido o insight de que “nós temos mais do que o suficiente!” – o que é um dos princípios do minimalismo.
Quando paramos para pensar percebemos o quanto a tecnologia facilitou a nossa vida, mas por outro lado… também a tornou muito mais sofisticada e complexa!
Você também não tem essa impressão? Temos aquela ilusão de que com a tecnologia temos mais tempo livre (e em um certo aspecto, pode mesmo ser verdade, quero dizer, a tecnologia tem mesmo esse potencial de nos libertar de trabalhos mecânicos, repetitivos), mas me responda: quanto tempo em média você passa dentro de um shopping ou supermercado para comprar, sei lá, digamos 2 ou 3 items realmente necessários?
Claro, o filme pode ter colocado a questão de um modo um tanto extremo, mas o fato é que perceber isto nos permite eliminar o excesso, ficar satisfeito com aquilo que já temos e nos abster de ‘adquirir mais’.
Para mim sempre foi um paradoxo perfeitamente aceitável o de que para ter uma vida mais cheia e mais plena é preciso torná-la mais simples.
O que não apenas engloba ter menos coisas, como esvaziar também a mente de tantos conceitos e julgamentos prontos que mais nos sobrecarregam do que nos ajudam a interpretar e viver melhor (n)o mundo.
Viver uma vida mais simples é estar aberto a se soltar de posses para se enriquecer de outras formas: significados, propósitos, relacionamentos, atenção, equilíbrio. (preencha a lista pensando em quantas coisas você poderia se dedicar mais se pudesse se ocupar menos de tantas coisas)
Leo Babauta, o criador do blog Zen Habits e autor de “Quanto Menos, Melhor”, assim explica o que é uma vida minimalista:
É aquela que é despojada do desnecessário, para abrir espaço para o que dá alegria. É uma remoção do lixo em todas as suas formas, deixando-o com a paz e a liberdade e a leveza. Um minimalista valoriza qualidade e não a quantidade, em todas as formas.
Isso não é de forma alguma uma rejeição à abundância ou à prosperidade, é sim uma rejeição ao excesso, que por não ser totalmente aproveitado, perde seu valor, sua qualidade e se transforma apenas em desperdício.
É simplesmente responder à pergunta: Quão eficazmente sou capaz de desfrutar de tudo o que há em minha vida?
Sigamos o provérbio sueco:
Tema menos, espere mais; Coma menos, mastigue mais; Lamente-se menos, respire mais; Fale menos, diga mais; Ame mais, e todas as boas coisas serão suas.