Por Que Adoecemos?
Durante toda a minha vida, nas vezes em que fiquei doente a primeira pergunta que vinha em minha cabeça era: “Mas por quê?”
Sempre achei que deveria haver uma razão para tudo e que com a doença não seria diferente.
Deveria haver um propósito, algo que eu tinha que aprender com aquilo e, no meu pensamento, quanto mais rápido eu descobrisse e aprendesse, mais rápido eu iria me curar.
Mais tarde descobri que tinha razão e que essa relação entre cada doença e sua causa emocional é estudada por uma área da psicologia chamada psicossomática.
Segundo Jung, todo sintoma é psicossomático e pode ser um meio para que o processo do autoconhecimento possa acontecer.
Então, se a doença é um empurrão para o autoconhecimento, ela existe para que possamos sair da estagnação e evoluir mais rápido.
Na teoria parece perfeito, mas na prática não é tão simples assim. Se fosse fácil compreender onde estamos errando, eliminar resistências e mudar padrões de pensamento e de comportamento, poderíamos fazer isso espontaneamente, sem nem mesmo precisarmos da doença.
Daí vem a necessidade do profissional de saúde ter sensibilidade ao tratar seu paciente: Muitas vezes esse processo de autoconhecimento é mais doloroso do que a doença em si.
Percebo na minha prática clínica que o mais difícil para o paciente não é enxergar o que há de errado com ele, pois quase sempre ele já tem a intuição de que aquele comportamento ou pensamento não é adequado, ele apenas ainda não o tinha relacionado com a sua doença.
O mais difícil é sair da zona de conforto e se esforçar para se melhorar.
Nesse momento, o ideal é o paciente sentir que está sendo apoiado (e não cobrado) e entender que o Universo é sábio: Se a doença apareceu naquele momento é porque ele já tem maturidade suficiente para lidar com o fato e subir mais um degrau em direção a sua evolução.
Kellen Calixto de Melo, Terapeuta Quântica na Clínica Haya