Enfrentando o futuro com uma lembrança
Ao olhar para trás, todos sentimos unicamente tristeza e remorso, a não ser que haja perspectiva. Se não tivermos algum tipo de perspectiva, nada faremos além de suspirar e lamentar o passado. Derramaremos lágrimas à noite, mas não haverá alegria pela manhã.
À luz de tudo isso, encerro este capítulo com uma sugestão e uma advertência. Minha sugestão é que cada um de nós construa o seu próprio memorial– monumentos mentais que transformem tragédias em triunfos.
O dicionário define monumento como uma “evidência duradoura de algo ou alguém notável”. Ele define também o memorial como algo que “serve para preservar a lembrança, uma comemoração”. Você já construiu um monumento desses? Pode ser difícil fazer isso hoje, porque o episódio está muito próximo e dolorido. Mas não passe o resto da sua vida sofrendo pelo que ficou para trás, caso contrário o seu futuro será sombrio. Em vez disso, pergunte a si mesmo: “O que aprendi com isso?”.
Você não pode mudar a situação, já não tem mais controle sobre ela. Talvez você já devesse ter aprendido ou devesse ter agido de forma diferente. Esqueça, entretanto, desse sentido de obrigação . O que você aprendeu com o acontecido? Seja específico. Coloque por escrito. Passe adiante a sabedoria obtida com o seu próprio fracasso.
Agora, esta é a advertência: Não transforme o memorial num santuário.
Não precisamos de santuários de falhas humanas mais do que de fragmentos da cruz. Precisamos de memoriais que honrem a Deus. Ele nos deu um memorial assim na Ceia – o pão e o cálice. Esse é um memorial da cruz que vale celebrar! Não adoramos, porém, os símbolos. Comemoramos a lembrança e o significado, isto é, o triunfo da cruz.
O que precisamos hoje é uma resposta para o sofrimento da vida, uma resposta para os Hamãs, cujas sombras passaram pelo nosso caminho e acabaram conosco; e para os prováveis holocaustos que poderiam ter destruído a nossa existência. Pegue então a pessoa, eventos, circunstância ou decisão do passado e levante criativamente o seu memorial particular. Reflita a respeito e registre as lições aprendidas; passando-as depois adiante. A Festa de Purim continua porque a rainha determinou que as suas lições jamais fossem esquecidas pelos judeus.
Ester é uma história de triunfo que emergiu da tragédia, êxtase em vez de agonia, comemoração em vez de devastação.
A sua pode ser igual.
Trecho retirado de Ester Uma mulher de sensibilidade e coragem de Charles R. Swindoll. © 1999 Charles R. Swindoll Inc.
Ester 9:17-32
17 Isso foi feito em todas as províncias no dia 7 de março, e no dia 8 descansaram e comemoraram sua vitória com um dia de festa e alegria.
18 (Os judeus de Susã mataram seus inimigos nos dias 7 e 8 de março e descansaram no dia 9, fazendo dele um dia de festa e alegria.)
19 Por isso, os judeus que vivem em povoados nas regiões rurais celebram a festa anual nesse dia determinado, data em que se alegram, festejam e presenteiam uns aos outros com alimentos.
20 Mardoqueu registrou esses acontecimentos e enviou cartas aos judeus em todas as províncias do rei Xerxes, tanto aos de perto como aos de longe,
21 instruindo-os a celebrar uma festa anual nesses dois dias.
22 Ordenou que celebrassem com festas e alegria, presenteando uns aos outros com alimentos e distribuindo presentes aos pobres. Assim, recordariam a ocasião em que os judeus se livraram de seus inimigos e em que sua tristeza foi transformada em alegria, e seu lamento, em dia de festa.
23 Os judeus aceitaram a orientação de Mardoqueu e adotaram esse costume anual.
24 Hamã, filho de Hamedata, o agagita, inimigo dos judeus, havia tramado destruí-los numa data determinada pelo lançamento de sortes (chamadas purim).
25 Mas, quando Ester foi à presença do rei, ele publicou um decreto que fez o plano perverso de Hamã se voltar contra ele, e Hamã e seus filhos foram pendurados numa forca.
26 Por isso, essa comemoração se chama Purim, palavra que se usava antigamente para “lançar sortes”. Assim, por causa da carta de Mardoqueu e daquilo que lhes havia acontecido,
27 os judeus em todo o reino concordaram em dar início a essa tradição e transmiti-la a seus descendentes e a todos que se tornassem judeus. Declararam que não deixariam de celebrar anualmente esses dois dias na data determinada.
28 Esses dias seriam lembrados e comemorados de geração em geração, por todas as famílias, em todas as províncias e cidades do império. A Festa de Purim jamais deixaria de ser celebrada pelos judeus, nem a lembrança do que havia acontecido se apagaria entre seus descendentes.
29 Então a rainha Ester, filha de Abiail, e o judeu Mardoqueu escreveram outra carta com toda a autoridade para confirmar a carta de Mardoqueu e estabelecer a Festa de Purim.
30 Enviaram cartas a todos os judeus das 127 províncias do império de Xerxes, desejando-lhes paz e segurança.
31 Essas cartas estabeleciam a Festa de Purim, uma celebração anual desses dias na data determinada, conforme decretado tanto pelo judeu Mardoqueu como pela rainha Ester. O povo resolveu celebrar essa festa, assim como haviam estabelecido para si e seus descendentes os tempos de jejum e de lamentação.
32 Assim, o decreto de Ester confirmou as orientações para a Festa de Purim, e tudo foi escrito nos registros.