Mitos e verdades do Óleo de Coco
Depois de indicado exaustivamente para o auxílio do emagrecimento, redução de colesterol, controle de diabetes e até hidratação de pele e cabelo, o óleo de coco está sendo alvo de diversos questionamentos e até apontado como “inimigo” da saúde.
Em recente comunicado, a Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) informou, entre outros pontos, que quando o óleo de coco é comparado aos óleos vegetais menos ricos em ácido graxo saturado, a última revisão mostrou que ele aumenta o colesterol total (particularmente o LDL-colesterol) o que contribui para um maior risco cardiovascular.
Em 2015, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO) já haviam se posicionado de forma semelhante diante do aumento e indicação do uso do óleo de coco para perda de peso.
Segundo a nutricionista Pâmela Sarkis, a associação entre a gordura do óleo de coco, a da manteiga e a gordura da carne se dá ao teor de gorduras saturadas que ambas possuem.
“É uma gordura que quando consumida em excesso pode trazer danos à saúde como elevação de colesterol e entupimento de veias e artérias. Na verdade, qualquer gordura em excesso é prejudicial. Alguns estudos também falam que as gorduras saturadas do óleo de coco são saudáveis e podem aumentar o HDL (bom colesterol)”, afirma Pâmela.
O óleo de coco quando extraído de maneira natural, extra virgem, possui também gorduras boas TCM (ácidos graxos de cadeia curta) que auxiliam no bom funcionamento do organismo, são de fácil digestão e de rápido uso pelo organismo, sendo excelentes como pré-treino na execução de atividades físicas, o único prejuízo é o seu excesso.
Além disso, um dos TCM, o ácido láurico, possui ação antifúngica e bactericida (previnem doenças infecciosas como cândida e agem como antibióticos naturais prevenindo o crescimento de bactérias patogênicas) que auxiliam no fortalecimento da imunidade.
Para a nutricionista, a quantidade ideal para o consumo varia de acordo com o grupo que consome.
“Pessoas com problemas de dislipidemias, que precisam controlar as gorduras ingeridas como um todo, devem ter mais cautela na ingestão. Pessoas saudáveis podem consumir uma quantidade maior, como 10 a 20g/ml dia”, comenta.
Quando consumido em excesso e quando a fonte extratora (indústria) não é confiável, o óleo passa a ser prejudicial.
A nutricionista comenta que, a extração de maneira inadequada pode conter outras substâncias químicas e outros óleos para manter sua cor branca e aumentar o rendimento, tornando aí o produto maléfico à saúde humana, podendo causar alergias, intoxicações e aumento de gorduras no sangue.
No caso de excesso, o valor energético consumido aumenta muito, e pode promover ganho de peso.
A nutricionista alerta ainda que não é necessário parar de consumi-lo ou ficar preocupado com o alerta do estudo divulgado.
“Devemos apenas prestar mais atenção se o consumo está exagerado e ficar atento quanto à procedência do produto. Por isso, recomendo sempre aos meus pacientes óleos de coco extra virgens orgânicos”, completa.
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