Você conhece os sintomas do hipotireoidismo?

O hipotireoidismo é a disfunção tireoideana mais comum, atingindo cerca de 7 a 12% dos brasileiros (desde as formas mais leves até as mais graves). Pode ocorrer em qualquer idade, em ambos os sexos. Porém, ocorre de 5 a 10 vezes com mais frequência nas mulheres do que nos homens.

pescoco tiroide

A falta de tratamento do hipotireoidismo leva a sintomas que podem afetar a qualidade de vida, além de se associar a um aumento na morbimortalidade, principalmente por doenças cardiovasculares.

Com forma bem parecida com a de uma borboleta, a glândula tireoide fica localizada na parte anterior do pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão. É responsável por regular a função de importantes órgãos como coração, cérebro, fígado e rins, e por produzir os hormônios T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina).

Os hormônios tireoideanos agem em todo o organismo, regulando sua velocidade de funcionamento. Sendo assim, a produção de quantidades insuficientes de hormônio pela tireoide pode levar às mais diversas manifestações, como: alterações do humor, depressão, queda de cabelos, unhas fracas, intestino preso, cansaço excessivo, aumento de peso sem explicação, pele seca, dificuldade de concentração, diminuição da libido.

Os medicamentos usados para o tratamento do hipotireoidismo contém o LT4 sintético, que é idêntico ao principal hormônio produzido pela tireoide. É importante realizar o acompanhamento periódico para adequação da dose utilizada.

Atenção – Doses excessivas de hormônios tireoideanos podem se associar a um aumento no risco de osteoporose, doenças cardiovasculares, arritmias cardíacas e aumento da mortalidade por outras causas, especialmente em idosos. Cuidado com fórmulas para emagrecimento, rejuvenescimento e fadiga, que muitas vezes contém hormônios da tireoide (T3 e T4) em sua composição, pois além de não trazerem benefícios, podem causar sérios danos à saúde.

Quem deve fazer exames para investigar disfunções da tireoide?

  • Idade acima de 35 anos (repetir a cada 5 anos);
  • Quem já apresentou alguma alteração nos exames de tireoide;
  • Aumento de volume da tireoide (bócio);
  • Histórico de cirurgia da tireoide;
  • Presença de outras doenças autoimunes como diabetes tipo 1, vitiligo, anemia perniciosa, lúpus e artrite reumatóide;
  • Histórico familiar de doença tireoidiana ou outra patologia autoimune;
  • Alteração de exames laboratoriais como: aumento do colesterol, da prolactina ou anemia;
  • Uso de medicações como lítio e amiodarona;
  • Presença de apneia do sono;
  • Mulheres grávidas;
  • Mulheres pós-menopausa.

 

Fonte: Dra. Daniele Tokars Zaninelli, endocrinologista do Hospital VITA

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