Se manter ativo é a chave para um bom envelhecimento
A expectativa de vida está aumentando devido à medicina, tecnologia e hábitos saudáveis. Por isso, manter-se ativo é importante para ter um bom envelhecimento
O perfil da população muda consideravelmente a cada ano e isso se mostra no aumento de expectativa de vida.
Seja pelo desenvolvimento da medicina, da criação de novas tecnologias e até, na mudança de hábitos e prevenção, com isso, a média de vida aumenta a cada passo e ao que tudo indica, a população deve, cada vez mais, ser composta por um número maior de idosos.
Segundo dados da Tábua de Mortalidade de 2016, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 76 anos, de 1940 a 2016, a expectativa de vida dos brasileiros subiu mais de 30 anos. Hoje, a média da população é de 75,8 anos, comparado a 2015 o aumento foi de três meses e onze dias.
Porém, mesmo que essa média esteja em alta, os cuidados com a saúde devem permanecer, para a fisioterapeuta e especialista em osteopatia, Debora Ucha, se manter ativo é a chave para um bom envelhecimento.
Se uma pessoa cuida desde cedo do equilíbrio do corpo, fazendo atividades físicas e controlando a alimentação ela provavelmente terá um envelhecimento tranquilo, se comparado com outra pessoa mais sedentária. Mas também nunca é tarde para começar”, conta.
Com a chegada da terceira idade, uma série de funções são alteradas, como por exemplo, a mobilidade, as atividades motoras, o metabolismo e até a força dos ossos e músculos podem ser prejudicados, acarretando na perda do equilíbrio.
Por isso, iniciar ou manter atividades físicas na terceira idade é fundamental, pois esses exercícios dão uma nova perspectiva de vida.
“Ao iniciar uma atividade física, o idoso pode reverter todos esses aspectos, pois ele poderá recuperar o equilíbrio, melhorar as atividades e motoras e ter um pouco mais de flexibilidade, tudo isso traz a ele um sentimento de independência e consequentemente, faz com que permaneça ativo”, explica Débora.
Outros aspectos importantes de realizar algumas atividades é que elas também ajudam no combate de doenças como diabetes, pressão alta, colesterol, obesidade e doenças cardíacas, além de também, ter um papel importante ao levar a autoestima de volta ao idoso.
“Os exercícios e qualquer tipo de atividade que mantenha essa pessoa ativa acaba sendo um suporte a ela.
Quando trabalhamos a capacidade funcional do idoso ele se sente mais seguro de si e os exercícios passam a ser benéficos não só para o auxílio do equilíbrio e manutenção da saúde, mas também acaba sendo importante para o bem-estar social dele”, pontua a especialista.
Além de fortalecimento e equilíbrio, atividades também promovem autoestima aos idosos
Segundo Debora Ucha, o passo mais difícil é iniciar as atividades, mas os benefícios dos exercícios são o chamariz para que o idoso busque não só experiências, como também, novidades em convivências e interações.
“Essa fase é um momento delicado para quem está na terceira idade, o envelhecimento já é algo difícil e esse período, além de ser marcado por fragilidade na saúde, é também onde há uma queda de disposição para atividades simples como visitar amigos, caminhar no parque ou ler um livro, por exemplo.
O acompanhamento médico e familiar é fundamental para mostrar novas possibilidades”, explica Debora.
Sobre Débora Ucha
Com foco em reabilitação, acompanhamento e promoção da qualidade de vida, a fisioterapeuta Débora Ucha possui pós em Ortopedia, trabalha também com Osteopatia Pilates e Crochetagem, com mais de 15 anos de atuação neste segmento.
Foi a fisioterapeuta responsável pela avaliação clínica e desenvolvimento de processo de reabilitação aos participantes do quadro “Medida Certa”, do programa Fantástico.
Atualmente, Débora coordena sua equipe de saúde na Clínica Innovate, onde promove uma cultura focada em estilo de vida saudável, com encontros, workshops, atendimentos e mais do que isso, reunindo pessoas que acreditam que investir em saúde é transformador.