Dor nas costas? Pode ser espondilolistese

Muitas das doenças da coluna apresentam maior prevalência na terceira idade, em virtude dos processos degenerativos das estruturas desta região.

Entre estas doenças uma pouco divulgada é a espondilolistese, que quando não é identificada em tempo e tratada corretamente, evolui para crises de dor muito fortes e incapacitantes.

Foto Freepik

O neurocirurgião mestre em coluna vertebral pela UnifespDr. Alexandre Elias, explica que a doença se caracterizada pelo escorregamento de uma vértebra sobre a outra pelo desgaste do disco invertebral, gerando instabilidade na região e compressão das raízes nervosas.

O tipo de curvatura da coluna do paciente tem importante relação com o risco de apresentar esta alteração.

“A espondilolistese pode ainda ocorrer em virtude de uma pequena fratura na base da coluna, chamada de espondilolise. Seu aparecimento pode ser notado desde o nascimento ou na juventude, gerando uma instabilidade local e consequentemente comprometimento das raízes nervosas”, pontua Dr. Alexandre.

A dor gerada pela espondilolistese se concentra na região lombar, irradiando para uma ou ambas as pernas.

Muito confundida com a hérnia de disco, seu diagnóstico só é fechado através da análise feita por um especialista, com exames físicos e de imagem – a exemplo do raio-x, tomografia e ressonância magnética.

Uma vez detectada a doença, o tratamento inicial é feito com medicação à base de analgésicos simples e opioides, relaxantes musculares, anti-inflamatórios e terapias físicas como a fisioterapia e acupuntura.

Quando não há uma melhora clínica com estes recursos, o paciente pode ser indicado para alguns tratamentos minimamente invasivos, a exemplo da infiltração e descompressão da raiz nervosa, com ou sem estabilização da coluna (artrodese).

cirurgia de artrodese é realizada com a colocação de enxerto ósseo para que ocorra fusão entre as vértebras e acabe o movimento anormal que existia no segmento afetado.

Em todos os casos, mesmo com desvios menores, é preciso sempre monitorar a evolução da doença com o médico.

Dr. Alexandre Elias – Neurocirurgião especialista pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), pela Sociedade Brasileira de Coluna Vertebral (SBC), mestre pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e research fellow em cirurgia da coluna vertebral na University of Arkansas for Medical Sciences (EUA). Membro do Centro de Dor e Coluna do Hospital 9 de Julho. Site: www.alexandreelias.com.br

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