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Posso correr na gravidez?

“Eu sempre alerto que, separando aquelas futuras mamães que precisam ficar de repouso por orientação médica, as que já correm e tem o aval do seu médico podem sim correr, mas algumas coisas precisam mudar, desde correr com moderação até ter mudanças especializadas da atividade. Afinal corpo tem outras necessidades agora”, diz a personal gestante Gizele Monteiro.

Alguns cuidados importantes devem ser observados, segundo a especialista

  • Faça uma alimentação balanceada, hidrate-se bebendo muita água e sucos naturais e use roupas leves e tênis adequados para correr.
  • Se sentir tontura ou contrações, pare na hora e avise seu médico.
  • Perceba os sinais e do corpo e seu instinto: respiração muito ofegante, dor no peito ou barriga, inchaço nas mãos, pés e articulações.
  • Sempre deve haver o controle da intensidade através dos batimentos cardíacos e a percepção do esforço que deve ser leve-moderada.
  • Não correr se tiver diástase, dores nas costas ou quadril e escapes de xixi.
  • Corrida é bem-vinda para grávidas saudáveis e aptas.

O retorno! E depois do parto? Posso correr?

“É muito importante entender que não é recomendado voltar a correr antes das recuperações essenciais do corpo – diástase, postura, períneo e articulações. É fundamental respeitar o tempo de recuperação do organismo e ainda levar em conta o tipo de parto. Se for parto normal, a indicação de voltar aos exercícios leves são 30 dias e cesárea entre 40-60 dias e para alguns casos 90 dias”, ressalta Gizele.

Mais dicas: 

  1.  Iniciando a caminhada, fortalecimento do corpo e recuperação da postura, barriga e períneo.
  2. É muito importante realizar o teste e verificar se ocorreu uma diástase com rompimento, aquela que deixa a barriga com a estética comprometida e totalmente fraca. No site www.pospartoemforma.com.br  pode baixar e-book gratuito com o teste e explicação das medidas da diástase.
  3. Gizele explica que é  comum as mulheres voltarem a correr querendo perder a barriga, mas elas não sabem nem que a corrida pode prejudicar e na verdade, nem que essa barriga é uma diástase (afastamento do músculo abdominal), mais alterações comentadas acima.
  4. Em relação aos alertas: a volta a corrida de maneira precoce só piora o quadro, ainda colocando a coluna e quadril em risco de lesões por causa da instabilidade provocada por essa fraqueza da diástase. Também há muitos casos de agravamento de escapes de xixi – conhecida como incontinência urinária – provocada pelo impacto sobre uma região extremamente fraca e frágil.
  5. Estando tudo isso ok, já tendo melhorado sua fora e estabilidade do corpo, volte aos poucos com trotes leves e mais curtos até ganhar ritmo, entre 10 – 15 a 20 minutos.
  6. Os cuidados devem ser redobrados nesta fase, mesmo para quem já corria antes pois o corpo está completamente, solto e instável pelas alterações articulares, musculares e posturais.
  7. A hidratação nesta fase também é muito importante, principalmente para quem está amamentando. O treino na amamentação desde que a intensidade da atividade e também hidratação estejam tudo ok.
  8.  Correr e amamentar exige alguns cuidados com as mamas, usando um top de sustentação.

Benefícios da corrida pós-parto:

A corrida é uma atividade aeróbica e tem sido indicada para auxiliar na melhora ou prevenção da depressão, melhora na autoestima e na volta da boa forma, equilibrando emocionalmente com o prazer de ver seu peso e seu corpo voltando.

Texto de  Gizele Monteiro

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