Alho frito perde suas propriedades terapêuticas
Pesquisa feita na Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (APTA) concluiu que o alho perde praticamente todas as suas propriedades funcionais se o processo de industrialização incluir a fritura.
Foram comparados três processos de industrialização do alho:
- picado e frito
- fatiado e frito
- em forma de pasta
A alicina é a substância que confere ao alho suas propriedades funcionais e o processo que apresentou menor perda da alicina foi o da pasta de alho: apenas 9,5% contra 90% nas formas fritas.
A alicina presente no alho cru previne doenças cardiovasculares por tornar os vasos sanguíneos mais flexíveis e dificultar a formação de placas ateroscleróticas.
A substância também tem ação antimicrobiana e ajuda na prevenção do câncer de estômago causado pela bactéria Heliobacter pylori.
Para ajudar no controle do colesterol e diminuir fatores de risco cardiovascular, o Ministério da Saúde do Canadá e a Agência Federal Alemã de Saúde recomendam a ingestão de um dente e meio de alho cru por dia , equivalente a 4 gramas diários, ou 8 miligramas de óleo essencial de alho.
Apesar de não haver consenso no Brasil sobre qual seria a ingestão diária ideal, recomenda-se que não se refogue o tempero antes, mas que seja colocado para cozinhar junto com a comida, uma vez que qualquer tipo de cozimento promove certa perda das propriedades funcionais.
Fonte: Agência Fapesp