São só cópias…
Numa bela manhã você descobre que precisa reunir alguns documentos para fazer uma dessas burocracias que nos recheiam a vida. Para certificar-se de levar a documentação completa decide então ligar e confirmar. Muito bem! Originais, fotos e algumas fotocópias, precisamente cinco. Você parte então à caça dos tais… “Preciso de cópias”, você pensa.
Na copiadora você as confere: um pouco tortas, um pouco escuras demais… “é.. tá mais ou menos.” Segundos antes o atendente olha para os papéis que acabam de sair da máquina e pensa “são só cópias”.
Segue você, rumo ao órgão público, vencendo um trânsito hostil e finalmente, a avolumada fila do local. Frente a frente com a moça, você lhe entrega a documentação e espera. Descobre que não precisava das cópias, apenas dos originais. Ela imprime um papel e pede para você conferir. Você aponta um número trocado na ficha. A moça gentilmente pega sua caneta e sobrescreve; você pergunta se não há problema em deixar rasuras ao que ela responde “não, é um apenas um controle interno”. Meio desconfiado você finge concordar, afinal, ela deve saber o que está fazendo.
E então, você faz seu retorno. Antes disso, porém, depara-se com a tentadora oportunidade de… digamos, fazer uma manobra ilegal, chamada por muitos de esperta. Você então pensa com seus botões e decide-se por não fazê-la, afinal “é só minha norma interna” que diz “faça o que é melhor para você e para todos, não importando o tamanho do que tenha de fazer.”
Sah Elizabeth