Cosméticos veganos: muito mais que uma tendência, uma visão de mundo
Em artigos de revista e programas de TV muito tem se falado sobre o conceito de vegan beauty. Muito mais que um termo em inglês e um modismo, esse conceito trata da preocupação das pessoas com um consumo mais responsável e consciente.
É por conta dessa questão que a demanda por produtos livres de crueldade animal está cada vez maior.
No nicho de beleza, os cosméticos cruelty free são uma família composta de produtos com fórmulas e ingredientes de origem vegetal, com total ausência de insumos de animais.
E ainda, os produtos são produzidos sem a realização de testes em animais em nenhuma etapa do processo.
De acordo com a Reds, empresa especializada em pesquisa de mercado e consultoria, houve um aumento de 50% na procura por cosméticos vegan somente na Inglaterra. E no mercado brasileiro, não é diferente: a projeção de crescimento dessa indústria para os próximos anos só cresce.
Mas, qual a diferença desses produtos na prática? Ainda que uma pessoa não seja vegana, ela pode querer experimentar esse tipo de produto e se deparar com muitas dúvidas sobre a qualidade dos cosméticos veganos.
Será que a textura das maquiagens é a mesma? Os produtos de cabelo são voltados para cada necessidade específica? Os cremes têm o mesmo toque ou diferem dos que costumam ser usados? É isso – e muito mais – que vamos abordar no nosso blog!
Como identificar os cosméticos veganos?
Antes de falarmos especificamente das características de cada produto, é importante ficarmos atentos a leitura do rótulo e aos selos de indicação. Isso porque há diferenças entre eles:
- Vegano: o cosmético vegano não possui componentes de origem animal em sua fórmula, incluindo elementos como o mel e a cera de abelha, o leite animal, o colágeno natural retirado de alguns animais, a lanolina retirada da lã do carneiro, etc. Quem certifica os cosméticos vegan no Brasil é a Sociedade Vegetariana Brasileira.
- Cruelty Free: geralmente, são associados a produtos veganos, pois são produtos livres de crueldade animal, assim, não há sofrimento de nenhum ser durante a produção do cosmético. Mas, não necessariamente significa que não haja nenhum composto de origem animal em sua fórmula.
- Natural: a grande característica dos produtos naturais é que as matérias-primas presentes na composição não maltratam o meio ambiente. Dessa forma, todo o produto natural acaba sendo cruelty free, mas nem todo cruelty free é natural (já que um cosmético pode ser livre de crueldade animal, mas ter compostos que não sejam de origem natural).
- Orgânico: os cosméticos orgânicos também são feitos com componentes naturais, mas o que os difere dos demais é que devem ser orgânicos, ou seja, não ter agrotóxicos em sua composição, tampouco químicos sintéticos. Tudo para causar um impacto ambiental muito mais baixo. Assim, são sempre cruelty free, mas nem sempre são produtos de beleza veganos.
Em relação à textura, a boa notícia para quem tem receio de incorporar produtos naturais e veganos é que, em termos sensoriais, os veganos não deixam nada a desejar quando comparados aos demais. A espalhabilidade, lubricidade, oleosidade, emoliência são as mesmas de qualquer outro produto.
E o melhor: cosméticos veganos são melhores para as peles sensíveis. Isso porque, os componentes naturais e matérias-primas vegetais dos produtos vegan não fazem mal às peles que sofrem com alergias, irritação ou ultra sensibilidade. Além disso, algumas marcas veganas contam também com embalagens sustentáveis.
Os números do mercado vegano de beleza
A preocupação com o impacto ambiental fará com que o mercado global orgânico de cuidados pessoais atinja a marca de 25,11 bilhões de dólares até 2025, segundo relatório da empresa especializada em pesquisas Grand View Research.
Falando no nosso país, a sustentabilidade já é o terceiro assunto que mais causa preocupação do consumidor brasileiro, sendo 18,2% a parcela de faturamento dos produtos de higiene e beleza sustentáveis.
Além de tudo isso, ⅔ da população está disposta a pagar mais por produtos e marcas sustentáveis, sendo a geração Z uma das mais atentas a isso.
A principal razão é que, cada vez mais, as pessoas querem não só uma boa performance e um belo design, mas produtos que também promovam a saúde da pele e do corpo.
Sabia que, no Brasil, já são 600 marcas cadastradas são orgânicas, naturais ou veganas? Isso mostra que essa não é uma tendência, um diferencial, mas sim uma realidade cada vez mais sólida.
O veganismo movimenta um mercado que cresce 40% ao ano no nosso país, e nas redes sociais, dos 12 posts mais engajados com o termo “veganismo” em 2019, apenas um deles falava sobre alimentação vegana. Os outros 11 falavam sobre beleza.
Viu? Não faltam motivos para repensar seus hábitos de consumo e incluir alguns produtos de beleza veganos no seu armário. Faz bem a todos!
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