Reversão de Vasectomia x Fertilização In Vitro: Qual o Método Indicado?
A vasectomia é uma ótima alternativa para os casais que não querem mais ter filhos. O método contraceptivo é eficaz, duradouro e de execução simples.
Mas cerca de 9% dos homens que a realizam se arrependem do procedimento ou por causa de um novo casamento ou porque o próprio casal decide ter mais filhos.
“Deste universo, 90% buscam a reversão da vasectomia. E é neste momento que é preciso levar em conta alguns fatores, entre eles o tempo da vasectomia e a idade da mulher”, explica o especialista em reprodução humana, o Doutor Rodrigo da Rosa Filho, que já atendeu centenas de casos de casais que buscam ter filhos após a vasectomia.
Quanto menor o tempo da realização da vasectomia, maior a taxa de sucesso da cirurgia de reversão e maior a chance de gravidez.
Veja a tabela:
Tempo da vasectomia | Taxa de sucesso da reversão | Chance de gravidez em 1 ano de tentativa |
< 5 anos | > 90% | > 70% |
de 5 a 10 anos | 80% | > 50% |
> 10 anos | 50% | > 40% |
> 15 anos | 30% | < 15% |
Se o tempo de vasectomia for maior que 15 anos e a mulher tiver mais de 35 anos, com reserva ovariana diminuída, a chance de engravidar começa a decair. A melhor alternativa aqui seria a fertilização in vitro.
“O tratamento aumenta a chance de gravidez, mas as taxas de sucesso variam de acordo com a idade da mulher, pois não há técnicas que aumentem a qualidade dos óvulos.
As chances da fertilização in vitro dar certo variam de 50% a 60% nas mulheres com 35 anos, caindo para 15% nas mulheres com 42 anos”, afirma Dr. Rodrigo.
A fertilização in vitro é realizada em laboratório com preparo do sêmen e dos óvulos.
Nesta técnica, a mulher é estimulada a produzir mais óvulos com a administração de hormônios.
A coleta dos óvulos é realizada por uma punção realizada por via transvaginal, sob anestesia.
No mesmo dia, é feita a coleta dos espermatozoides através de ejaculação espontânea (masturbação) ou procedimentos cirúrgicos (extração testicular ou epididimária nos casos de ausência de espermatozoides no sêmen, ambos com anestesia).
Os espermatozoides são preparados no laboratório e, em seguida, colocados numa plaqueta junto com os óvulos para que haja a fertilização espontaneamente.
Os óvulos fertilizados têm seu desenvolvimento acompanhado, sendo transferidos após três a cinco dias para a cavidade uterina através de um cateter.
Sobre o Doutor Rodrigo da Rosa Filho
O médico Rodrigo da Rosa Filho é especialista em reprodução humana. Graduado em medicina pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM), Rodrigo é sócio fundador da Clínica de Reprodução Humana Mater Prime. É membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP), e co-autor/colaborador do livro “Atlas de Reprodução Humana” da SBRH e autor do livro ” Ginecologia e Obstetrícia- Casos clínicos” . www.materprime.com.br