A Liberdade Por Trás Do Sofrimento
Lagarta: _Será que podemos tirar algo positivo do sofrimento?
Borboleta: _Sim, claro que podemos!!!
A coruja que de cima do Ipê Amarelo acompanhava a conversa resolveu intervir com seu “ar de experiência”: _ Para conseguirmos “enxergar” além do óbvio, que é a dor que o sofrimento nos causa, primeiro devemos modificar a ideia de que todo sofrimento é negativo e aumentar as possibilidades que existe dentro dele.
A metáfora da borboleta nos diz muito sobre essa liberdade que advém do sofrimento. Para virar borboleta e ganhar a liberdade de voar por aí, a lagarta precisou se transformar. Para isso ela passou por estágios de sofrimento, de isolamento e perigo, mas ao final desse processo ela se transformou.
As pessoas passam por diversos problemas e é normal que se sintam inseguras, permaneçam cautelosas e vigilantes, mas com o tempo essa sensação dolorosa tende a diminuir para dar espaço para algo novo entrar.
Qual é o seu maior sofrimento hoje? Um relacionamento ruim, o trabalho desgastante, uma amizade doentia, a rotina que te consome? Cada um sabe o que lhe tira o sono, mas para voltar a sonhar é necessário mudar algo, é preciso se movimentar e às vezes passar pelo sofrimento, mas entendendo que ele é momentâneo e faz parte do processo de transcendência.
Assim como a borboleta, somos seres de possibilidades e também de limites, o problema é que algumas pessoas só conseguem ver os limites e se esquecem das possibilidades, aumentando o tempo em que permanecem no sofrimento.
Quando a pessoa só enxerga os limites ela se coloca em um estado “petrificado” de sua existência, como se a congelasse e assim se esfriasse diante a vida. Ela só enxerga um lado e esse sempre negativo, assim tudo que ela vive também vai ganhando essa sensação contraproducente da vida.
O que seriam as possibilidades dentro de um sofrimento?
É conseguir visualizar o movimento que a vida está pedindo, a flexibilidade de ideias e atitudes que às vezes se encontram cristalizadas. Pode ser também, um pedido do corpo para ter mais saúde através da mudança de hábitos viciosos e no final, o sofrimento pode vir a ser um movimento para a transcendência.
Assim, o sofrimento pode ser uma barreira ou um trampolim. A forma como você o vive que determinará o grau de seu sofrimento. Pelo fato da vida ser essa constante evolução, ela nos pede uma posição mais flexível para vivenciarmos de forma menos dolorosa as mudanças que se apresentam diante nossas experiências.
Podemos dizer que a liberdade se revela na forma como as pessoas se relacionam com a realidade que vivenciam. A forma e o sentido de sua vida são determinados apenas por você. Projetar nos outros os seus problemas, as suas dificuldades e os seus sofrimentos não mudará a forma como você os vive, pois não haverá movimento, não haverá ação para reverter os problemas.
O problema pede um movimento e se você dá isso a ele, ele pode te devolver a liberdade. Mas para isso, você precisa aprender a enxergar além do óbvio, ver o que esta escondido dentro dos problemas que se apresentam.
E aí? O que você escolherá? Pular no trampolim e visualizar novos caminhos ou permanecer paralisado frente ao muro?
Lingia Menezes de Araújo
Psicóloga Clínica
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OBS.: Todo o conteúdo desta e de outras publicações tem função informativa e não terapêutica.
Reflexão FANTÁSTICA. Obrigada pela partilha!
Fico feliz que tenha gostado Bruna.
Gratidão.