Perda da função renal pode aparecer sem apresentar nenhum sintoma
Diagnóstico em 30% dos casos é tardio e pacientes já chegam com indicação de diálise de emergência.
Estima-se que 850 milhões de pessoas tenham comprometimento renal em todo o mundo. Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a doença causa pelo menos 2,4 milhões de mortes por ano, com uma taxa crescente de mortalidade.
O grande problema é que a doença renal é considerada uma epidemia silenciosa. Normalmente ela chega de forma lenta, progressiva e quase sem sintomas.
“A maioria das pessoas não sabe que tem esta patologia, pois os primeiros sinais são sutis. Geralmente, são necessários muitos anos para que uma Doença Renal Crônica (DRC) chegue ao estágio mais avançado quando os rins param de filtrar o sangue“, alerta o nefrologista e presidente da Fundação Pró-Rim – referência nacional em tratamento e transplante de rins -, Dr. Marcos Alexandre Vieira.
Ainda segundo o médico, a principal maneira de diagnosticar a DRC em estágio inicial é pelo check-up clínico de rotina e através de exames de sangue e de urina. A orientação é que o paciente sempre solicite ao seu médico a inclusão do exame de creatinina no checkup.
Ele alerta que quanto mais cedo a doença renal for detectada, mais chances existem para que os rins se mantenham saudáveis durante mais tempo. “Em 30% dos casos, o diagnóstico é tardio, quando os pacientes já chegam com indicação de diálise de emergência”, complementa.
Geralmente, os sinais de doença renal aparecem gradualmente e nem sempre podem ser notados no início da doença. Mas, quando a função renal é inferior a 50% o corpo passa a dar alguns sinais de alerta:
- Menor produção de urina; necessidade frequente de urinar, mesmo durante a noite;
- Inchaço das mãos, pernas, em torno dos olhos;
- Falta de ar;
- Dificuldades em dormir;
- Perda de apetite, náuseas e vômitos;
- Hipertensão,
- Sensação de frio e fadiga.
O nefrologista alerta que entre as doenças que afetam os rins, a diabetes e a hipertensão são as mais frequentes. Mas, obesidade, histórico de doença do aparelho circulatório (doença coronariana, acidente vascular cerebral, doença vascular periférica, insuficiência cardíaca), histórico de Doença Renal Crônica na família e tabagismo também são facilitadores de desenvolver a DRC.
Para finalizar, Dr. Marcos afirma que a prevenção é a palavra de ordem.
“A população deve estar atenta ao estilo de vida e o acompanhamento médico rotineiro. Adotar uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos regularmente, fazer a ingestão adequada de água, controlar o tabagismo e a obesidade, são fatores simples que podem prevenir o aparecimento das doenças renais”, enfatiza o médico.
Sobre a Pró-Rim
A Fundação Pró-Rim foi fundada em 1987, em Joinville (SC), pelos médicos nefrologistas Dr. José Aluísio Vieira e Dr. Hercilio Alexandre da Luz Filho com o propósito de oferecer um tratamento mais digno e diferenciado aos pacientes renais. É reconhecida como referência nacional na área de nefrologia. É pioneira em transplantes renais no Estado e sua equipe está entre as que mais realizam transplante no país. Já ultrapassou a marca de 1700 transplantes renais, é a primeira instituição de nefrologia do mundo a receber a certificação internacional Qmentum. Possui unidades de hemodiálise em Santa Catarina e Tocantins e atende pacientes renais crônicos de todo o Brasil (www.prorim.org.br)