Aprender com os erros, melhorar a inteligência e ser sua melhor versão
Quanto somos flexíveis para aprender com nossos erros? Será que em algum momento da vida uma pessoa pode acreditar que só pode ir até um certo ponto e desiste de se esforçar mais?
Isso é inadmissível. Nossas habilidades foram adquiridas por meio de muita disciplina e prática, pois até mesmo o mais sublime talento natural se não exercitado perde-se.
Como disse o psicólogo Abraham Maslow:
“A história da raça humana é a história de homens e mulheres que se venderam por pouco”.
Não podemos concordar com isso e nos contentar com tão pouco. Não devemos ser menos do que todo nosso potencial. Temos a plena capacidade de nos tornarmos nossa melhor versão.
Leia a pesquisa “Aprenda com seus erros e melhore sua inteligência” via Diário da Saúde:
Sua inteligência é fixa?
Quando você pensa em sua própria inteligência, você imagina a sua inteligência como um dado fixo – “Eu sou ‘deste tanto’ inteligente.’ – ou como alguma coisa em construção – “Fico mais inteligente à medida que estudo.”?
Pesquisadores usaram um equipamento de monitoramento das ondas cerebrais para demonstrar que as pessoas que acreditam que podem aprender com seus erros têm reações cerebrais diferentes daquelas que acreditam que sua inteligência é fixa.
“Uma grande diferença entre as pessoas que pensam que a inteligência é maleável e aqueles que pensam que a inteligência é fixa está na forma como eles respondem aos próprios erros,” explica o Dr. Jason Moser, da Universidade do Estado de Michigan (EUA).
Reconhecendo os próprios erros
Segundo os pesquisadores, as pessoas que acreditam que a inteligência é um edifício em construção reconhecem mais facilmente os erros e se esforçam para aprender mais.
Por outro lado, aquelas que acreditam que a inteligência é algo fixo perdem as oportunidades de aprender com os próprios erros.
Isto pode ser um problema para a vida toda, mas pode ser facilmente percebido na escola. Segundo os cientistas, aqueles que acreditam que a inteligência é fixa são facilmente reconhecíveis porque não se esforçam mais depois de terem saído mal em um exame.
Nos experimentos, os cientistas primeiro aplicaram uma série de testes onde era muito fácil cometer erros. Durante os testes, os voluntários tiveram seus sinais cerebrais monitorados.
Ao final, cada participante foi entrevistado, para que se avaliasse qual era sua visão sobre a inteligência: fixa ou em construção permanente.
Sinais neurais
Quando uma pessoa comete um erro – qualquer que seja sua visão sobre a inteligência – são gerados dois sinais neurais muito rápidos, cerca de um quarto de segundo depois que a pessoa é avisada de seu erro.
O cérebro das pessoas que aprendem com os próprios erros gera um segundo sinal muito mais forte.
Isso parece acender uma luz de alerta porque, em seguida, eles passam a errar menos.
Para o segundo grupo, que tem maior dificuldade em reconhecer os próprios erros, o desempenho manteve-se constante durante o teste, apesar dos erros cometidos.
Segundo os cientistas, esta pesquisa pode ajudar no treinamento das pessoas para que elas reconheçam que podem se esforçar mais para aprender mais – sem precisar de muitos argumentos, apenas mostrando o que acontece em seus cérebros.