O “estar junto” e a sensação de pertencimento
♫♪Românticos são poucos, românticos são loucos desvairados. Que querem ser o outro, que pensam que o outro é o paraíso. Românticos são lindos, românticos são limpos e pirados, que choram com baladas, que amam sem vergonha e sem juízo…já dizia Vander Lee. ♫♪
Mesmo com a correria do dia-a-dia, com a imediatismo das tarefas, com as urgências do trabalho, com a liquidez de alguns afetos, o desejo de “estar junto” tem seu valor, que favorece aos apaixonados e apaixonadas a maravilhosa sensação de pertencimento.
Talvez seja esse o seu grande segredo que perdura décadas e décadas sem perder o charme e estimação. Afinal, são duas almas que repousam juntas no mesmo espaço físico, hora, lugar e porque não do sentimento?
Penso que nos dias atuais possa ser mais difícil esse encontro acontecer, pois o imediatismo das relações aumenta a cada dia, talvez a praticidade e rapidez diminua essa sensibilidade, afinal até os encontros são marcados por aplicativos, os flertes e troca de olhares são emoticons de mensagens, são expressões reproduzidas e poucas vezes sentidas.
A banalidade de alguns afetos e atitudes tiraram a sensibilidade do relacionar-se com o outro e assim, vive-se mais a utopia de sensações vazias ao preenchimento de emoções valorativas.
E para estar junto é necessário sentir… sentir com a pele, com o coração, com a alma. Estar junto é entrega, é permissão, é troca de afeto, de cheiro, de pele, é INTIMIDADE!
Essa sensação de pertencer se a algo ou a alguém é saudável, mas não a confunda com dependência, pois são duas coisas completamente diferentes. Com o desenvolvimento, o ser humano tende a diminuir essa dependência de algo externo, pois sua consciência livre e amadurecida tenderá a buscar dentro de si mesmo, esse pertencer.
E acredite, se essa transição não ocorrer ,a pessoa fica passível de sofrer vários tipo de manipulações do meio em que convive. Como?
Bom, alguns adoecem para dar conta, outros vivem insatisfeitos consigo mesmo e com os outros, ficam submissos à vontade externa, se abandonam ou na maioria das vezes cria essa tal dependência tóxica e sufocante com as pessoas nas quais se relacionam, até que as mesmas se cansem e pulem fora.
E aí, o ciclo continua com uma outra pessoa, até que um dia essa pessoa resolva por si mesma, reconhecer a capacidade intrínseca de pertencer a si mesma. Assim, ela conseguirá vivenciar esses momentos de estar com o outro e não ser com o outro, afinal, como sempre digo, sendo inteiros somamos muito mais do que sendo metades.
→ Obs: O material deste texto é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.