Saiba como elaborar um planejamento financeiro pessoal
Muitas pessoas podem se perguntar: Vale à pena planejar? A resposta para isso pode ser dada fazendo-se outra pergunta: Quem tem mais chances de prosperar? Aquelas pessoas que tem um Planejamento Financeiro alinhado com seu Plano de Vida ou aquelas que nunca se deram a chance de pensar a respeito?
As dificuldades financeiras têm origem em vários fatores, os quais costumam ser rapidamente apontados, tais como: baixos salários, dificuldade de acesso ao crédito – ou facilidade excessiva, sem a devida capacidade de pagamento – cobrança de juros abusivos, práticas consumistas, etc.
Entretanto, a falta de planejamento financeiro dificilmente é apontada como um fator relevante e, ao mesmo tempo, é aquela que está diretamente sob o seu controle.
Por meio do planejamento é possível adequar o rendimento familiar às suas necessidades, identificar e eliminar gastos supérfluos, planejar compras futuras evitando o pagamento excessivo de juros, realizar objetivos de vida e enfrentar com maior tranqüilidade eventuais problemas.
O objetivo central do planejamento é o acúmulo de valores (reservas) que, além de utilizados em situações imprevistas, serão destinados à execução dos mais diferentes objetivos em diferentes períodos da nossa vida.
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Como elaborar um planejamento financeiro pessoal
1º passo – Conhecer a situação financeira atual.
- Faça, de preferência no fim do mês, uma análise da sua vida financeira atual procurando responder qual o seu gasto com alimentação; supermercado, saúde, educação, lazer, moradia, automóveis, vestuário e despesas eventuais. Use como fonte de informação, os extratos bancários, notinhas fiscais, faturas do cartão de crédito, contas de água, luz, telefone do último mês, bem como outros documentos como IPTU, IPVA, Seguros. Isso lhe ajudará a lembrar de todos os gastos durante o mês.
- Faça uma lista ou planilha no caderno ou no computador e anote todas as despesas que você teve no mês, por menores que tenham sido, e somem todas elas. Depois pense em algumas delas que poderia ser reduzida e marque um X do lado.
- Anote em outra folha ou em uma segunda coluna da mesma planilha que você anotou suas despesas, a fonte de suas receitas. Exemplo, o salário, rendimento de aluguéis de casa, terrenos, rendimento de aplicações financeiras, etc. Cuidado com essa etapa. Devemos ser prudentes e realistas neste momento.
- Defina suas metas e prioridades, procurando responder: O que eu quero / preciso ? Porque eu quero/preciso? Qual o prazo para conseguir? Como conseguir? Quanto de recurso preciso para atingir este objetivo?
2º passo – Anotar as despesas e Separar o dinheiro
- Definidas as metas, o próximo passo é anotar durante 1 mês, diariamente, tudo o que se gastou. Não se esqueça de nada, nem do cafezinho depois do almoço. Uma dica é levar no bolso ou na bolsa um bloquinho de anotações e no final do dia, reservar 5 minutinhos para anotar todos estes gastos no seu caderno ou na planilha. É um ritual que pode ajudar a apontar os excessos e as mudanças que podem ser feitas.
- No final do mês, agrupe as despesas semelhantes (artigos similares ou relacionados entre si). Se você gastou, mas ainda não pagou, anote da mesma forma o gasto e a quantidade de parcelas que você terá para pagá-lo.
- Faça o mesmo com as entradas efetivas de receita.
3º passo – Elaborar o Orçamento pessoal
- Conhecidas as despesas e receitas mensais, o próximo passo é elaborar um orçamento mensal. Acesse o link: e baixe a planilha de PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL elaborada pela Professora Danielle Costa (2012). Baixe essa planilha e preencha o que mais se adeque ao seu perfil: estudante, dona de casa, família ou aposentado.
- Procure guardar de 10% a 30% do que ganha, por isso é importante que se faça uma redução, priorizando as necessidades de extrema necessidade. 3. Após colher todas essas informações, você fará nesse momento a comparação e reflexão dos gastos no mês avaliado.
Caso seu orçamento ficar no vermelho (saldo negativo) é necessário refletir mudanças a fim de reduzir gastos.
4º passo – Comparar as despesas reais com o orçamento realizado Comparando as despesas reais com o orçamento realizado, verifica-se três situações:
- Ganhos superiores aos gastos: Possibilidade de reserva financeira.
- Ganhos iguais aos gastos (equilíbrio): Não é a hora de se acomodar! É necessário lembrar que qualquer centavo economizado vira lucro para você investir ou mesmo aumentar o saldo de sua poupança.
- Ganhos inferiores aos gastos: encontrando este resultado, você tem duas alternativas: Aumentar a Receita ou Diminuir Gastos. A primeira alternativa pode ser alcançada por meio de serviços extras ou outras atividades (produção caseira, atendimento em domicílio, prestação de serviços autônomos).
Fonte: Informativo http://www.poa.ifsuldeminas.edu.br