Café da manhã: três dicas para uma alimentação em prol da saúde do coração
Apesar de ser uma das principais refeições do dia e possuir grande importância para a manutenção de uma vida saudável, o café da manhã está com o seu consumo cada dia mais reduzido devido o dia a dia corrido da população.
Estudo[1] realizado no Brasil sobre Café da manhã: caracterização, consumo e importância para a saúde, sugere que cerca de 30% dos adultos não fazem esta refeição por falta de tempo e também por ter a falsa crença que essa medida favorece o emagrecimento. Ainda, entre crianças e adolescentes, este hábito de pular o desjejum ocorre em 19,5% da população estudada.
Morar sozinho, a falta de tempo para realizar a refeição e particularidades no consumo de pratos diferentes pelos membros da família, estão entre alguns fatores determinantes da ausência do café da manhã.
Explica a nutricionista Lara Natacci, graduada em Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo, mestre em Comportamento Alimentar pela Universidade de São Paulo e doutoranda pela mesma instituição, que a recomendação brasileira é de que a primeira refeição do dia garanta, em média, 20% do total energético consumido durante todo o dia.
“Seu consumo pode promover maior saciedade e assim reduzir a quantidade de alimentos ingeridos durante o dia, o que diminui o consumo calórico total e pode auxiliar na perda e manutenção de peso, além de garantir uma melhor capacidade de concentração no período da manhã”, complementa a nutricionista.
Segundo pesquisa de Mattos & Martins, com um total de 559 pessoas no Brasil, o café da manhã geralmente é composto pelo consumo de café (87,5%), pão francês (70,8%), leite (51,3%) e margarina (50,8%). Já as frutas, como a laranja e a banana, foram apontadas por apenas 11,3%.
Esta refeição ainda recebe diferentes preparações em várias regiões do país, conforme aponta o Guia Alimentar da População Brasileira. Na região Norte e Nordeste, por exemplo, o consumo de tapioca, cuscuz e bolo de milho fazem parte do cotidiano da primeira refeição do dia.
Para consumir um café da manhã equilibrado e contribuir para a saúde do coração, a Dra. Lara dá três dicas importantes que merecem ser incorporadas na alimentação diária. Confira:
- Substitua as gorduras saturadas (conhecidas por gorduras “ruins”) por gorduras poli-insaturadas (as chamadas gorduras “boas”). Aumente o consumo das “gorduras boas”, que podem ser encontradas em castanhas, amêndoas, sementes e creme vegetal. Hoje há opções de cremes vegetais no mercado que contém ômegas 6 e vitaminas A, D e E.
- Troque os carboidratos refinados, como o pão branco e biscoitos, por carboidratos complexos como os produtos integrais. “Por sua digestão ser lenta, o organismo sente-se saciado por mais tempo. Eles são muito mais nutritivos, pois contém uma quantidade maior de vitaminas, minerais e fibras”, complementa a nutricionista;
- Aumente a ingestão de frutas e vegetais – o recomendado é consumir cinco porções durante o dia devido à elevada quantidade de nutrientes presentes nestes alimentos. “Bons exemplos para o café da manhã são: vitamina de frutas e vegetais, como por exemplo: o suco de laranja com cenoura e beterraba + torradas integrais com creme vegetal e queijo branco; iogurte com frutas vermelhas (que têm ação antioxidante) e farelo de aveia; ou ainda leite batido com frutas + pão integral com pasta de amendoim”, afirma a nutricionista.
[1]TRANCOSO. Caroline. Café da manhã: caracterização, consumo e importância para a saúde.
Este post foi oferecido pela Becel – No Brasil, Becel é patrocinadora do movimento Ame o Coração, que em parceria com o HCor (Hospital do Coração) e o Incor (Instituto do Coração), busca conscientizar cada vez mais pessoas sobre os cuidados com o coração através de pequenas mudanças de hábito.