Crioterapia capilar: uma força extra na autoestima feminina

Quando se fala em beleza feminina, todas são unânimes em afirmar que uma das maiores preocupações são os cabelos. Com tantas tendências, cores e possibilidades, as madeixas se tornaram sinônimo de autoestima e sensualidade.

Nos mês em que comemoramos o Dia Internacional da Mulher (8/3), exemplos não faltam de mulheres guerreiras que, mesmo enfrentando um tratamento exaustivo contra o câncer não perdem a vontade de viver e ser feliz. Ainda mais agora, que podem contar com a luz especial de um procedimento inovador que minimiza a queda dos cabelos de quem passa pela quimioterapia.

cabelo mulher

Quem conta sua história pra gente é a Ivana Vasconcelos. Aposentada, 53 anos e mãe de duas filhas, ela passa pelo tratamento de um segundo câncer. Apesar de ser um momento desgastante, Ivana afirma que é praticamente como se não estivesse doente, pois, neste tratamento atual a queda de cabelo é mínima. É que desta vez, aliada a quimioterapia, a aposentada está utilizando a Crioterapia, uma novidade que ameniza o efeito colateral da perda dos fios.

“Tive um câncer de mama em 2013. Aproximadamente 14 dias após o início da quimio meu cabelo já tinha caído. Assim que soube que teria que fazer o tratamento comecei a me preparar para a queda dos fios. Cortei o cabelo seguindo o estilo da peruca que iria usar. Quando os fios começaram a cair, resolvi raspar por completo a cabeça, para sofrer menos. Na descoberta de um novo tumor, agora no pescoço, não pensei duas vez quando fui apresentada a essa ‘máquina’ de resfriamento pela equipe médica. Me sinto ótima e segura, apesar de ser um tratamento mais complicado”, conta Ivana, que faz de tudo para manter o cabelo.

“A Crioterapia consiste em uma touca gelada que faz com que a temperatura do couro cabeludo diminua bem, contraindo assim os vasos sanguíneos”, explica Bruno Ferrari, oncologista e diretor do Oncocentro Minas Gerais.

Segundo especialista, o procedimento utilizando a touca é indicado para vários tipos de câncer. Nas mulheres, o uso tem resultado ganho importante em autoestima, já que ajuda a preservar parte do cabelo nos processos de quimioterapia, evitando problemas secundários como depressão, discriminação, entre outros.

“Desde a década de 70, o resfriamento do couro cabeludo tem sido usado como meio preventivo. Diferentes técnicas foram utilizadas, como o uso de pacotes de gelo, toucas de criogel, ar resfriado e máquinas que circulam um líquido em baixas temperaturas em uma touca aplicada ao couro cabeludo. Os resultados dos estudos sobre resfriamento do couro cabeludo para a prevenção da queda de cabelos são variáveis, porém, com alguns bons resultados”, destaca o oncologista.

O objetivo do Grupo Oncoclínicas, do qual o Oncocentro Minas Gerais faz parte, com a iniciativa é preservar a qualidade de vida e oferecer uma alternativa que possibilite ao paciente submetido à quimioterapia a redução da taxa de alopecia a ponto de o mesmo não precisar do uso de peruca ou lenço, o que quase sempre gera desconforto.

Para isso, as clínicas da rede no Brasil utilizam um equipamento inglês para resfriamento do couro cabeludo. A máquina já foi utilizada em vários países da Europa, em mais de 2.000 pacientes submetidos a diferentes esquemas quimioterápicos e a taxa de sucesso variou de 49% a 100% dos casos publicados. “Em geral, o procedimento é bem tolerado, porém, alguns pacientes se queixam de dor de cabeça, tontura e sensação de frio, sintomas que são rapidamente superados pelos resultados alcançados”, completa o diretor do Oncocentro Minas Gerais.

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2 Comentários

  1. Bom dia José! Entre em contato com o NOB, em Ondina. Eles possuem a máquina de crioterapia.

  2. Bom dia. Minha filha vai começar tratamento quimioterápico e foi aconselhada fazer Crioterapia Capilar. É realmente 100% o resultado satisfatório? É um tratamento muito caro? Moro em Salvador BA. Obrigado.

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